Dois dias após o ataques de drones a petrolíferas na Arábia Saudita, o preço do petróleo disparou mundialmente. No sábado (14), o país chegou a ter de cortar 50% da produção. No cenário nacional, especula-se um possível aumento do combustível nos próximos dias.

Segundo o economista Eduardo Araújo, a alta no barril do petróleo e o preço da gasolina e do diesel nas bombas tem ligação direta. “A petrobras possui uma política de preços que segue a flutuação internacional. São vários fatores, como a cotação do dólar, e o preço do barril. Com as reservas na Arábia prejudicadas, há menos petróleo para compra no mercado e isso faz o preço dele aumentar”, explicou.
O especialista, porém, lembra que o aumento não deve ser imediato, mas pode começar a chegar ao consumidor a partir da semana que vem. “O combustível que está hoje nas bombas já está precificado. Vamos ter de aguardar uma atualização de preços na estatal para ele ser repassado para as refinarias, distribuidoras e o consumidor final, mas isso pode chegar já na próxima semana”, lembrou.
Por meio de nota, o Sindipostos informou que o impacto para o consumidor dependerá de inúmeras variáveis, a começar pela posição da Petrobras e do Governo diante deste cenário. Caso haja variação no preço, os primeiros a sentir serão as distribuidoras, que compram os combustíveis da Petrobras. A política comercial das distribuidoras é que ditará o preço aos postos e, consequentemente, para o consumidor.
Araújo lembra que, se por um lado a flutuação frequente do preço na estatal ajude a empresa a se recuperar, por outro, uma mudança na atual política de preços da Petrobras, podem minar o interesse dos investidores, além de dar prejuízo de bilhões em valor de mercado para a exploradora.
De acordo com a Folhapress, a última alteração no preço do diesel ocorreu semana passada, com um aumento de R$ 0,0542 por litro. No dia 5 de setembro, o preço da gasolina foi reajustado pela última vez.
Fonte: Tribunaonline