Economizar está frequentemente entre as principais metas de ano novo dos brasileiros. Além da mais sonhada, a poupança recheada também é a mais difícil de se concretizar. Por isso, economistas criaram desafios para economizar aos poucos, e mudar os hábitos de consumo.
Um dos desafios mais famosos é o Desafio das 52 Semanas. O desafio estimula a economia semanal de certa quantia, durante um ano. A proposta original é começar a primeira semana guardando R$1, na segunda semana R$2, na terceira semana R$3 e assim por diante, até chegar à semana 52 poupando R$52.
No final do período, caso o plano seja seguido corretamente, a expectativa é que se tenha um montante no valor de R$1.378. Entretanto, para Arilda Teixeira, professora da Fundação Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), é preciso entender seus gastos antes de poupar qualquer quantia, por menor que seja.
“Mesmo que poupando pouco, o ideal é fazer uma tabela com todos os gastos, começando dos maiores, para os menores. Do outro lado, a sua receita. A partir daí teremos três cenários: O positivo, o intermediário, e o negativo. No positivo, a pessoa ganha mais do que gasta; no intermediário, os gastos e a receita possuem o mesmo valor e, no negativo, a pessoa gasta mais que recebe”, explicou. Só depois da análise é que se pode definir o quanto poupar.
O aconselhável é não juntar mais do que pode, e entender a diferença entre necessidade de algo, e desejo de compra. “Não adianta querer poupar e, ficar sem pagar os gastos indispensáveis. Quem não tem condições de fazer um controle financeiro adequado, ou não recebe o suficiente (sabemos que essa é uma situação comum no Brasil), não precisa tirar do que não tem para guardar. Primeiro organizem-se, depois pensem em poupar, com sabedoria”, disse.
Fonte: EShoje