O imunizante fabricado pelo setor farmacêutico da Johnson & Johnson, o laboratório belga Janssen, será aplicado em apenas uma dose e encontra-se na última fase de testes no Brasil. O processo de produção da vacina conta com a presença de 7.560 mil voluntários.
Apesar de ainda não realizar as solicitações necessárias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o laboratório já recebeu um dos documentos necessários para a autorização da aplicação: a Certificação de Boas Práticas de Fabricação.
De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, para a fabricação da vacina da Johnson & Johnson o laboratório utiliza a tecnologia do adenovírus vetor, mesmo modelo adotado para a vacina de Oxford.
O laboratório explica que o adenovírus é uma modalidade de vírus responsável pelo resfriado comum, porém, no momento em que são modificados para a fabricação da vacina, eles perdem a capacidade de replicação e consequentemente não podem causar o resfriado. Assim que o paciente recebe o imunizante, o organismo dá início a um processo de defesa e passa a produzir anticorpos contra o “invasor”, fazendo com que o corpo crie uma memória contra o coronavírus.
Um ponto positivo deste novo imunizante é que ele não necessita ser armazenado em locais com temperaturas abaixo de zero, o que torna a vacina compatível com o padrão já existente deixando o transporte menos custoso.
De acordo com a Johnson & Johnson, a vacina apresentou uma eficácia de 72% contra a covid-19 nos Estados Unidos e atingiu uma taxa de 66% de eficácia no mundo em testes que foram realizados em três continentes com outras variantes do vírus.
Durante os testes, no dia 8 de janeiro, o laboratório belga relatou a ocorrência de um evento adverso grave com um voluntário brasileiro. Por motivos éticos não foram divulgados maiores detalhes sobre o evento e de acordo com a Anvisa, as vacinações não pararam pois os voluntários já teriam sido vacinados.
Fonte: R7