Em coletiva na tarde desta segunda-feira (20), o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, afirmou que, com a consolidação da estabilização e da queda da ocupação hospitalar no Estado, é provável que ao longo do mês de agosto, parte dos leitos que estavam sendo utilizados exclusivamente para tratar a Covid-19 sejam revertidos para atender pacientes com outras enfermidades.
“É possível que ao longo de agosto estejamos reorientando grande parte dos leitos que vão ser inaugurados. Parte dos leitos para Covid podem ser revertidos para atender pacientes com outras condições de saúde. É possível que em agosto tenhamos o início da migração do retorno do perfil de hospitais e unidades não só para atender Covid, mas outras doenças”, afirmou Fernandes.
Ele informou que a Secretaria de Saúde não está mais realizando compras complementares de leitos privados. “Não estamos realizando novos contratos. Estabilizamos essa atividade há algumas semanas no Estado, e vamos seguir acompanhando toda evolução da pandemia, porque existe a possibilidade de uma ruptura da fase de recuperação e retorno a uma segunda onda. Estaremos preparados para em qualquer momento poder garantir acesso à população infectada”.
“Continuamos em risco”
O secretário alertou à população que, embora a ocupação hospitalar esteja estabilizada desta a sexta-feira (17) com uma porcentagem entre 73% e 75% de ocupação, as medidas devem continuar a serem tomadas. E ele ainda recomenda medidas complementares nos municípios.
“Sobre o mapa de risco, continuamos em risco. É importante manter as medidas que nos trouxeram aqui, como o uso da máscara, o isolamento sintomático, respeito aos protocolos nos serviços… Queremos recomendar aos prefeitos e federação, instituições econômicas, que adotem medidas complementares, que poderão ser protetoras da sociedade e manter o grau de isolamento em cada território. (O isolamento) É um componente na construção da matriz de risco. Se piorar pode voltar a ter risco maior. Respeitem adequadamente os protocolos”, advertiu o secretário.
Curva ascendente no interior
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informou que a curva de casos no interior ainda é ascendente. “No interior do Estado ainda há aumento de casos e mortes. Não é possível estabelecer estabilidade como na Grande Vitória. A taxa é maior do que uma pessoa transmitindo para outra e temos ainda o aumento de internações e significativo nímero de mortes”, afirma Reblin.
Entrando no risco moderado, o comércio na Grande Vitória volta a funcionar todos os dias da semana, sem alternância. “Se houver retorno no aumento de casos, com aglomeração de pessoas, a matriz será afetada e, no risco alto, a alternância do comércio e de outras atividades volta. Esperamos que as regras de distanciamento e segurança sejam mantidas. Se seguir, dificilmente haverá retorno no aumento de casos. Por enquanto estamos sob risco e não é momento de afrouxar medidas e comprometer o que conseguimos”, frisou o secretário.
Fonte: ESHoje