Em menos de 48 horas, a meta da campanha para arrecadar dinheiro para o translado do corpo do jornalista angolano que morreu atropelado na última segunda, em Vitória, foi ultrapassada. Os amigos de Luís Felgueira José, de 32 anos, já arrecadaram R$ 32 mil até o início da noite desta quarta (14).
“Isso demonstra que ele era uma pessoa muito amada. Na segunda, às 20h, a gente já estava se mobilizando, e já tínhamos conseguido 500 reais. Para nós é algo incrível, gente de todos os lugares estão ajudando”, declarou a jornalista Terra Thais Costa, de 28 anos, que estudou com Luís na Universidade de Brasília (UnB).
O angolano veio para o Brasil há 6 anos, para cursar jornalismo. De Brasília, através da internet, ele conheceu a capixaba Fernanda Sacramento Samora, 26.
Desde agosto do ano passado, o jornalista estava morando em Vitória, com a noiva. Eles já tinham dado entrada nos documentos para o casamento, que deveria acontecer nas próximas semanas. O sonho foi interrompido pelo acidente, que aconteceu em Jardim Camburi.
“Agora, estamos esperando informações da Fernanda para ver o que o consulado falou”, disse Terra. É que, desde o acontecido, os familiares estão tentando apoio do consulado para o translado do corpo de Luís até sua terra natal, Sambizanga, um dos distritos de Luanda. “Hoje, um secretário do consulado do Rio de Janeiro foi para Vitória e eles foram resolver várias questões, acho que até sobre como foi o acidente.”
A amiga de Luís comemorou o fato da ajuda ter vindo de diversos lugares. “Temos recebido muito apoio. A reitora da universidade se preocupou. Além disso, ele trabalhou por muito tempo na assessoria do Hospital da Criança aqui em Brasília, e o pessoal de lá ajudou também. Até os alunos que não o conheciam doaram. E foi de pouquinho em pouquinho que conseguimos alcançar esse valor”, destacou Terra.
No final da noite desta quarta (14), eles devem anunciar nas redes sociais de Luís que a vaquinha foi um sucesso. De acordo com a jornalista, os organizadores estão aguardando a decisão da noiva do angolano para saber se as doações devem ser encerradas ou não.
Fonte: Tribunaonline