FGTS aumenta teto para financiamento de imóveis do Casa Verde e Amarela
Foi aprovado o aumento do limite de financiamento para imóveis do programa Casa Verde e Amarela. Agora, o teto volta a ser diferente nos municípios com menos de 100 mil habitantes, como vigorava até novembro de 2018. Acompanhe os principais destaques:
O que muda no financiamento?
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (CC-FGTS) aprovou, em reunião extraordinária nesta segunda-feira (13), o aumento do limite de financiamento para imóveis do programa Casa Verde e Amarela. Agora, o teto volta a ser diferente nos municípios com menos de 100 mil habitantes, como vigorava até novembro de 2018.
De acordo com a proposta aprovada, o aumento será de 10% para municípios com população entre 20 mil e 50 mil habitantes, capitais e regiões metropolitanas. Para cidades com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, o aumento será de 15%. Demais municípios, incluindo as capitais e respectivas regiões metropolitanas, com mais de 100 mil habitantes terão aumento de 10%.
Além disso, o desconto concedido sobre o valor das prestações subirá em 0,25% para renda de até R$ 2.000. Com isso, o desconto concedido a mutuários enquadrados na faixa 2 se iguala aos da faixa 1,5, que será extinta. Outra mudança aprovada pelo CC-FGTS, é a redução de 0,5 ponto da taxa de juros nos financiamentos da área de habitação popular para famílias com renda entre R$ 4.000 e R$ 7.000.
Enquanto a Caixa anuncia redução nos juros do financiamento imobiliário, mesmo com a Selic (a taxa básica de juros) em alta, grandes bancos privados estão aumentando suas taxas em cerca de 1 ponto porcentual nas linhas de crédito tradicionais. É um movimento que se antecipa à reunião na próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que deve elevar a taxa básica de juros em pelo menos 1 ponto, levando a Selic para 6,25% ao ano.
Quem puxou a fila dos aumentos foi o Santander, que subiu, no último dia 4, o juro do crédito imobiliário de 7,99% ao ano, mais variação da Taxa Referencial (TR), para 8,99%, segundo a instituição. Na sequência veio o Bradesco, que desde a segunda-feira tem taxas que variam entre 8,50% e 8,90% ao ano mais TR, dependendo do perfil do cliente.
O Itaú Unibanco cobra 8,30% ao ano mais variação da TR nos financiamentos tradicionais, ante os juros de 7,30% ao ano vigentes anteriormente. No crédito imobiliário com juros ligados à poupança, o Itaú reduziu a taxa de 3,45% para 2,99% ao ano, e o Bradesco manteve o índice em 2,99% ao ano.
Mas, neste caso, essa parcela é somada à variação da remuneração da poupança, que corresponde a 70% da Selic. E, quando a taxa básica de juros aumenta, essa parcela acompanha. A alta do custo dos financiamentos não surpreende empresários e especialistas do setor, que relativizam o impacto desse freio de arrumação nas vendas.
Fonte: FV