Os pais de crianças em idade escolar não querem a retomada das atividades escolares ainda em 2020. E, caso isso seja definido, a maioria quer poder ter a possibilidade de continuar tendo aulas remotas, para que eles não voltem às escolas ainda esse ano.
Foi o que mostrou pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES). O estudo foi realizado entre os dias 16 e 22 de junho, colhendo 10.144 respostas.
O que se viu é que as famílias apontam que o ensino superior deve ser o primeiro a voltar com atividades presenciais. Isso não pela preocupação em relação à importância do ensino infantil e fundamental, mas pela maturidade dos estudantes com relação ao comportamento diante de um ano em que a saúde tem dado o tom.
Participaram da pesquisa, principalmente, (91,2%) famílias cujos estudantes estão matriculados em escolas particulares da região metropolitana, em idade escolar de ensino fundamental (67%).
A questão mais importante foi em relação ao contexto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19): mesmo que a instituição garanta adoção de protocolos de segurança e higiene, quantos pais se sentem seguros para mandar seus filhos de volta a escola? 53,7% não se sentem, 20% confiam na definição do conselho estadual de educação, 12,5% acreditam que agosto será seguro enquanto 12,8% preferem que esse reinício aconteça somente em setembro.
Quando questionados se a instituição de ensino mantém atividades domiciliares via online (remotas), 96% disseram que sim. E 83% dos que responderam disseram que além da distância, estão sendo mantidas atividades domiciliares com material físico.
Sobre o nível de satisfação com as aulas remotas, 50% se diz satisfeita, 32,1% um pouco satisfeita, 16,4% muito satisfeito.
Mas chama atenção que pelo menos 1,5% dos alunos não têm aulas remotas e nem recebem material qualquer para que as atividades fossem mantidas desta março, quando o isolamento social foi imposto, suspendendo as atividades nas escolas de todo o Espírito Santo.
Fonte ESHoje