Soldado Aurélio, da PMES — Foto: Reprodução/TV Gazeta
O policial militar que se envolveu em uma briga no bairro Santa Marta na última sexta-feira (29), em Vitória, será temporariamente afastado das atividades operacionais até que a sindicância instaurada pela Corregedoria da Polícia Militar seja concluída. De acordo com a PM, o afastamento do soldado Aurélio é preventivo.
Em nota, a Polícia Militar disse que “em nenhuma hipótese compactua com condutas inadequadas, desproporcionais e violentas de seus integrantes e adotará, como sempre fez, todas as medidas cabíveis para apurar com o rigor necessário todas as circunstâncias do fato em questão”.
A confusão envolvendo o soldado ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo do caso. Na imagem gravada por moradores do bairro Santa Marta, estão o soldado Aurélio e o dono de uma pizzaria. Durante a discussão, o policial ameaça sacar a arma e atirar.
Os dois entram em luta corporal e, neste momento, um outro homem se aproxima, pega a arma do policial e atira para cima. As imagens mostram que ele também chega a apontar a arma para o dono da pizzaria, que era agredido pelo soldado.
Moradores afirmam que a motivação da confusão teria sido um desentendimento no trânsito.
Procurada pela TV Gazeta, a Associação de Cabos e Soldados disse que iria gravar uma entrevista se pronunciado pelo policial. Depois, disse que enviaria uma nota à imprensa sobre o caso. Por último, informou que o soldado não autorizou a associação a se pronunciar em nome dele.
Outras confusões
Soldado Aurélio também já foi denunciado à Corregedoria da Polícia Militar em função de uma outra confusão, desta vez envolvendo um idoso de 72 anos e a esposa. Nos dois casos, os motivos foram desentendimentos no trânsito.
O casal de idosos, que diz ter sido agredido pelo policial, afirma que eles estavam saindo de um posto de combustível, quando o soldado Aurélio avançou o sinal vermelho e alegou que havia sido fechado pelo carro do idoso.
A esposa do idoso, Leonidia Madalena Alves de Melo, de 63 anos, conta que o policial se aproximou batendo no vidro do carro onde os dois estavam e já com uma postura agressiva. O soldado exigiu que o idoso parasse em um determinado local, mas ele se recusou. Naquele momento, não era possível identificar que Aurélio era policial.
Dona Leonidia reconheceu o policial Aurélio através de imagens na imprensa — Foto: Reprodução/TV Gazeta
“Nós não imaginávamos que fosse um policial porque ele estava de calção preto e camisa branca, com um colete por cima da camisa que não dava pra ver”, explica a idosa.
Segundo ela, em um certo momento, o policial também ameaçou puxar a arma. Ele ainda disse que prenderia o idoso. O senhor de 72 anos foi preso por desacato.
“Eu falei ‘eu tenho diabetes, eu sou deficiente visual, não posso passar raivas que minha diabetes sobe’. Eu estava com o braço quebrado também. E ele falou ‘problema seu, seu marido está preso, a senhora não está entendendo’. Parecia que nós éramos um casal de bandidos, não um casal de idosos”, lamenta.
Confusão envolvendo jornalista
O soldado também esteve envolvido na prisão do repórter Vinícius Arruda, do jornal Metro, em julho de 2017. Vinícius foi detido após filmar uma abordagem que Aurélio e outros militares faziam a suspeitos de terem assediado uma mulher dentro do ônibus, em Jardim da Penha, Vitória.
O soldado aparece no vídeo ordenando que o repórter entregue seu RG e seu crachá. “Estou te dando uma ordem legal. Me apresenta o seu documento de identidade e o seu crachá. Se o senhor não obedecer a ordem dada, nós vamos algemar o senhor por desobediência. Isso é uma ordem policial”.
Na época, o Sindijornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram a prisão do jornalista e chamaram de “autoritária e descabida” a ação dos policiais.
Fonte: G1
O que está pessoa ainda fz na corporação da polícia?
Mesmo depois destes fatos ocorrido o indivíduo continuou em atividade??
O grande problema de nossa sociedade, em todos os âmbitos, é a impunidade !!